sexta-feira, 21 de dezembro de 2007
Belo Natal... ou não!
quinta-feira, 13 de dezembro de 2007
Pavia e os Alpes
Mesmo assim, ainda dei umas voltas, tendo percebido que Pavia é uma cidade jovem, em termos de população. Isto dever-se-á ao facto de ter uma Universidade. Na noite de Domingo, o comboio que nos levou a Pavia ia a abarrotar de estudantes que viriam de outras partes do país.
A última noite foi novamente passada em Gallarate, depois de duas viagens de comboio, de Pavia a Milão e de Milão a Gallarate. No dia seguinte, e antes da viagem de regresso a Portugal, tive a oportunidade de fotografar os Alpes, desde o aeroporto de Malpensa. Neste altura do ano, a brancura já se instalou, apesar de as encostas a Sul não estarem totalmente alvas...
segunda-feira, 10 de dezembro de 2007
Curso de sobrevivência
O investimento em segurança é grande, por parte das companhias que estão envolvidas nesta indústria, por isso, este tipo de cursos são fundamentais para nos ambientarmos com os perigos que o trabalho envolve.
Durante o curso, tive a oportunidade de aprender e praticar a extinguir fogos, utilizar máscara e botija de ar em espaços reduzidos, pouco iluminados e com fumos, evacuar uma plataforma em botes salva-vidas e directamente para o mar, com coletes, como sobreviver dentro de água em condições extremas e, no final, como reagir e agir, no caso da queda na água do helicóptero que nos transporta.
A utilização dos aparelhos necessários para todas estas emergências foi devidamente explicada e treinada, bem como foram evidenciados todos os cuidados e regras que devem ser cumpridos no exercício da nossa actividade.
Este curso foi realizado num centro de treinos perto de Pavia, chamado de APT Antincendio.
Os participantes no curso eram trabalhadores nesta indústria, nas mais variadas funções. Todos os que executam serviços nas plataformas estão obrigados a receber formação e a obter os respectivos certificados.
sexta-feira, 23 de novembro de 2007
Novo turno
terça-feira, 23 de outubro de 2007
Milão
Dando umas voltas pela vila, pequenos pontos iam chamando a atenção: as paninotecas sempre com pão quente a deixar o seu aroma no ar, as charcutarias com milhentas variedades de fiambres e queijos, as igrejas e, no centro de tudo, um castelo medieval, parcialmente destruído mas, pelo que entendi, em reconstrução.
Os dias passaram rapidamente, com o curso a ficar um tudo-nada áquem do esperado por todos, embora tenha valido a pena para poder ficar com uma ideia mais clara das várias situações que podem ocorrer no nosso trabalho.
Na última noite, fiquei num hotel numa outra cidade, perto do Aeroporto de Malpensa. A cidade de Gallarate situa-se 40km a nordeste de Milão e deu a sensação de ser habitada por bastantes imigrantes árabes e indianos. O jantar foi num restaurante cino-italiano, onde a ementa escolhida foi, imagine-se, um crepe chinês e uma pizza. Um conceito interessante que une dois tipos de cozinha diferentes mas ambos do meu agrado.
Desta cidade tem-se uma panorâmica dos Alpes e o frio que de lá vem já se sentia.
O regresso para Portugal foi no passado Sábado, com a partida a ter lugar quase duas horas depois do horário previsto devido, segundo informações no aeroporto, a atraso na saída do avião de Lisboa.
No final, a experiência valeu a pena, quer a nível profissional, quer a nível pessoal. Para mim é sempre bom conhecer pequenos lugares, pois são estes, no meu ponto de vista, que nos mostram a verdadeira essência de um país.
quinta-feira, 11 de outubro de 2007
Finalmente...

quarta-feira, 3 de outubro de 2007
Mudlogging
Até este momento ainda só tive a oportunidade de trabalhar on shore, em sondas (rigs) terrestres. Quem já esteve em plataformas marinhas diz que a experiência é óptima, apesar de cansativa... As condições são, duma forma geral, melhores, o que se compreende, pois ver apenas mar durante tanto tempo seguido deve ser um pouco "de loucos"...
O meu trabalho, propriamente dito, consiste, basicamente, na recolha, preparação e análise das amostras de rocha cortada (cuttings) que vão chegando à superfície. Os objectivos principais são a descrição das formações atravessadas e a identificação de hidrocarbonetos. Este é o local onde é feita a recolha das amostras (os chamados shale shakers):
Mas na unidade existe ainda mais trabalho, sem ser este. Como referi anteriormente, existem 2 ou 3 postos na unidade, sendo que o Mudlogger, caso exista Sample Catcher, deve dedicar-se a outros trabalhos, uma vez que este ajuda com a recolha e preparação das amostras.
Esta é a área de trabalho do Mudlogger, com o microscópio e o computador em plano de destaque, por serem as ferramentas principais do nosso trabalho:
A compilação de todos os dados armazenados e a interpretação de litologias, tendo em conta os parâmetros utilizados para fazer o furo, é o trabalho principal do Data Engineer, auxiliado pelo Mudlogger, que introduz dados relativos às amostras. O objectivo deste processo é o de se fazer um Log que mostre a geologia do local furado, permitindo a avaliação dos potenciais reservatórios petrolíferos.
quinta-feira, 27 de setembro de 2007
Cheguei...
O avião entre Cabinda e Luanda estava marcado para as 15h de terça-feira mas atrasou-se e só cheguei à capital perto das 18h. Ainda queria aproveitar para dar uma volta pela cidade mas cedo descobri que iria ser impossível, pois o trânsito é caótico e qualquer pequeno percurso demora uma eternidade a fazer... O escritório da GeoloG não fica localizado numa zona comercial, nem sequer perto dos locais de interesse, e foi para lá que nos dirigimos. O cansaço de estar sem dormir há mais de 24 horas também já começava a pesar e, dessa forma, achei melhor deixar o turismo para uma altura melhor.
O percurso para a guest-house, apesar de curto, levou quase uma hora a fazer, devido à agressividade e falta de bom-senso dos condutores angolanos, que não se preocupam minimamente em facilitar o trânsito mas apenas no seu próprio umbigo... A polícia também não ajuda, até porque nem sequer vi nenhum a organizar o trânsito. Os sinais não são respeitados, os sentidos muito menos, pelo que a "lei do desenrasca" impera...
Para minha surpresa, no dia seguinte, a viagem até ao Aeroporto para apanhar o avião para Lisboa foi bastante rápida. É verdade que ainda não eram 6h da manhã mas mesmo assim, o trânsito do dia anterior parecia ter sido apenas um pesadelo...
Os horários foram cumpridos e a viagem decorreu tranquilamente, quer até Lisboa, quer depois até ao Porto (neste caso, de alfa-pendular).
Pelo que estou agora em fase de descanso. Entretanto, daqui a alguns dias, escreverei mais um pouco sobre o meu trabalho, para que percebam melhor o que faço.
terça-feira, 25 de setembro de 2007
De partida
Depois de mais um turno, desta vez em Cabinda, chega a hora de rever os amigos...
Este mês que aqui passei (mais exactamente 34 dias) decorreram de forma calma e sem grandes percalços, apesar de me terem adiado a viagem de regresso por 3 vezes. O trabalho não foi muito, apesar de termos começado a furar a bom ritmo nas primeiras duas semanas. Depois, começaram os problemas e os dias, que depois se tornaram noites, de pouco ou nada para fazer no rig. O tempo de descanso proporcionado foi aproveitado para criar este espaço, bem como para conhecer um pouco mais sobre todo o sistema. Além disso, neste turno coube-me a tarefa de treinar alguns geólogos angolanos que entraram para a empresa. Neste momento são sample catchers, mas o objectivo deles é ocupar o meu lugar de Mudlogger. Nada que me deixe apreensivo, uma vez que o meu objectivo tambem é subir de escalão para Data Engineer. Foi bom ter esta oportunidade e espero ter contribuído para a formacão de novos colegas.
Quanto a este terra, não poderei dizer muito, pois não tive muitas oportunidades de a conhecer. Apenas saí uma noite para jantar e conhecer um pouco da gastronomia. Provei Gindungo, um picante que vale a pena para gosta de se sentir a queimar por dentro! O peixe era excelente mas, infelizmente, não fixei o nome...
O que mais me surpreendeu pela positiva foi o pôr-do-sol fantástico que todos os dias nos brindava, mesmo em frente à porta da unidade. Não tenho fotos mas prometo que, se voltar, trarei a máquina e aproveitarei mais. Sei que entre falar sobre ou mostrar existe uma grande diferença...
As pessoas com quem convivi, além dos colegas, sempre se mostraram simpáticas e disponíveis, também porque sempre tentei ser o mais afável e extrovertido possível. Quem me conhece sabe que não consigo ser anti-social, por isso levo boas recordacões das conversas com o pessoal...
Espero voltar cá e, nessa altura, farei os possiveis para visitar alguns locais, principalmente as praias e as cidades de Luanda e Cabinda.
Até apanhar o avião para Lisboa, na quarta-feira, ainda vou tentar conseguir adquirir algum artesanato, bem como o famoso "pau", que aliás já está encomendado. Depois conto...