quinta-feira, 18 de junho de 2009

Últimas semanas

Depois de ter estado alguns dias em Esbjerg, lá acabei por ir para a sonda, no dia previsto.

Já me tinham dito (tal como referi antes) mas nunca esperei encontrar tantos portugueses no Mar do Norte. A verdade é que a bordo do Noble Byron Welliver, cerca de 70% (estimo eu) da equipa de perfuração, bem como alguns membros da manutenção e catering, são "tugas". Por isso, a vida a bordo durante as duas semanas que lá estive, foi agradável. Como a presença nacional é tão vincada, até a televisão nos presenteava com a emissão da RTP Internacional, pelo que até vi a final da Taça em directo... O facto de poder falar mais constantemente em português também foi um ponto positivo, depois de vários meses sem companhia lusófona.

Além deste pormenor curioso, posso afirmar que este foi o turno mais divertido que tive. O trabalho não era pouco mas nem por isso deixei de gostar das semanas que passei naquela sonda. A equipa com quem trabalhei teve um papel fundamental para que o tempo decorresse da melhor forma. Pessoas descontraídas, divertidas, motivadoras, fizeram com que se conseguisse suportar o trabalho duma forma mais natural. Sem nunca colocar em causa a qualidade do nosso trabalho, que de resto foi elogiado por várias chefias, foi possível ter um excelente ambiente, com animadas tertúlias a preencherem os tempos "mortos".

A sonda, em si, também merece uma menção. A qualidade e variedade da comida, a simpatia e camaradagem de todos, as condições oferecidas (internet, telefone, sala de jogos com bilhar, matraquilhos e setas, TV no quarto, etc...) fizeram desta uma experiência nota 5!

Por último, enquanto lá estive, finalmente surgiu a motivação para um projecto constantemente adiado, por preguiça, em grande parte. Decidi voltar a pôr-me em forma, com o intuito de cumprir um desafio: Meia-Maratona. Se vou ter condições para o realizar, ainda não sei. Mas posso garantir uma coisa: esforço e persistência. Essas são duas características minhas, às quais não renegarei.

Agora de regresso a casa, estou a implementar um programa de treino pessoal, sem tentar saltar etapas. Aos poucos chegarei mais longe: na vida e na saúde!

Quando voltar ao trabalho, espero poder continuar a ter boas experiências e a seguir a luta pelos meus objectivos, que estão traçados e escritos.