quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Azurite

Bem sei que já não escrevo há bastante tempo mas a verdade é que não havia nada de novo para contar. Apesar de ter dito no último post que seria a última vez que iria para a Dinamarca, a verdade é que voltei para a Endeavour mais uma vez, no fim de Outubro e início de Novembro.

Durante esse turno, surgiram então as novidades, pois fui convidado a trocar a Europa, onde há pouco trabalho neste momento, pela divisão da África Subsaariana. Não disse nada entretanto pois esperava por confirmação da transição. Entretanto, tudo se precipitou e, nesta altura, já estou integrado na equipa desta região.

Mais de um ano depois, cumpre-se finalmente o meu desejo de regressar a África. O país que me acolhe para já é a República do Congo. A viagem realizou-se no passado dia 5 (Porto – Lisboa – Paris – Kinshasa – Brazzaville – Pointe Noire) e, contra as expectativas, acabei por ficar em Pointe Noire alguns dias. Apesar de não ter dado para passear muito nos 2 dias em que estive na cidade, deu para perceber que os contrastes africanos também aqui se encontram presentes. Num futuro próximo conto ter oportunidade de explorar melhor a cidade, pois fiquei a saber que é normal termos alguns períodos de standby durante as 5 semanas em que é suposto estarmos ao serviço de cada vez.

Finalmente, na quinta-feira fiz a viagem para a sonda, que neste caso não se poderá considerar como tal, uma vez que o Azurite é um navio, que, pela primeira vez na indústria, contém perfuração, produção, armazenamento e descarga de petróleo (FDPSO – Floating Drilling, Production, Storage and Offloading). Já existiam os FPSO (Floating Production, Storage and Offloading) mas este veio revolucionar a exploração petrolífera em águas profundas, com a instalação de uma torre de perfuração no meio do navio.

Escusado será dizer que este navio único, para já, no Mundo, é gigantesco, se comparado com a maior parte das instalações offshore, com mais de 300 metros de comprimento. Neste momento, a profundidade de água é de cerca de 1400 metros e estamos a cerca de 80 milhas da costa, em pleno Oceânico Atlântico. A esta região atlântica dá-se o nome sugestivo de Mer Profonde, pelo que mais nada será preciso dizer quanto à aventura em que estou envolvido.

Para já, posso dizer que a experiência tem sido interessante, apesar do pouco trabalho que tive até agora. Como será fácil de compreender, as coisas por aqui são feitas com precaução e tudo leva o seu tempo. Nada que me preocupe demasiado, tendo em conta que tenho um bom acesso à internet e ar condicionado na unidade. Por isso, não me está a custar a passar o tempo. Claro que preferia estar em casa nesta altura, ou então ter uma janela de oportunidade de passar, quanto mais não fosse, a passagem de ano em casa, uma vez que o Natal está fora de hipótese. De qualquer forma, tenho viagem de volta marcada para o dia 10 de Janeiro e é com essa data que conto. Já estou preparado para passar as festas fora mas se tiver uma boa surpresa, melhor.

Por enquanto, vou pensando no meu primeiro Natal “tropical”. Tendo em consideração que estou num navio, até parece um cruzeiro…

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Mais uma falta

Enquanto que, por casa, os políticos se batem por um lugar no poleiro, eu assisto via internet aos debates, às querelas, às provocações e evoluções, ao mesmo tempo que cumpro mais um turno, que já vai em mais de meio, com mais que fazer que nos últimos. O que é bom é que é no mesmo sítio, num que já conheço bem e ao qual já me adaptei. Deverá ser a minha última viagem para aqui mas as surpresas acontecem.

Não vou poder exercer o meu direito de voto (ou dever) mas espero que os porugueses que possam, não fiquem em casa e contribuam para uma melhor democracia. Não interessa a cor política, o que importa é que os políticos vejam que somos nós quem manda.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Ouro negro

Black Gold, no original, é uma nova série sobre o mundo da perfuração de petróleo. Ainda não sei se irá passar em Portugal e muito menos em que canal, embora seja a Discovery Channel a transmitir um pouco por toda a Europa, muito em breve. Aqui na Dinamarca estreia dia 25.

Pelo que já vi e li, esta série é mais virada para a realidade da perfuração no Texas, ou seja, será uma série à americana, com muito sangue e suor, bastante violência e espectáculo. Claro que essa não é bem a realidade na Europa e um pouco pelo resto do Mundo, mas ainda há sítios em que a vida humana é desvalorizada em prol da busca pelo ouro negro.

Também há alguns aventureiros por estas bandas mas, em grande parte, todo o trabalho é efectuado com rigoroso controlo de segurança, com apertadas medidas de protecção.

No entanto, será interessante, para quem goste de perceber um pouco mais sobre estes assuntos, ver como funciona a perfuração e quais são alguns dos perigos e rotinas desta indústria.




Eu sou um fã dos roughnecks, pois são eles quem sua e quem "d
á o litro" durante 12 horas seguidas, 7 dias por semana, estando expostos a todo o tipo de adversidades. Mesmo assim, e em especial aqui no Mar do Norte, há muito poucos acidentes e, geralmente, com pouca gravidade. Com a experiência, as empresas foram aprendendo formas de evitar contrariedades e oferecem um ambiente relativamente seguro para quem aqui trabalha.

O meu trabalho é mais protegido, dentro de uma unidade com aquecimento e ar-condicionado. Só em situações de problemas técnicos é que fico mais exposto aos elementos. Até hoje, nunca tive nenhum incidente, a não ser uns pequenos cortes e queimaduras, que são normais.

Vendo o trailer desta série, fico ainda com mais vontade de me proteger sempre, assegurando que volto a casa são e salvo no fim de cada viagem.

Desta vez, estou novamente a ter um turno sossegado e sem grandes correiras. Apenas duas noites de perfuração e agora já lá vão quase duas semanas com a preparação para colocar o furo em produção. A uma semana de voltar a casa, já começo a contar os dias. E já está próximo mais um regresso.

sábado, 4 de julho de 2009

Endeavour

Esta palavra, traduzida para português, tem como significados palavras como esforço ou empenho. Também se pode definir como empreender. Todos estes termos me dizem muito. São, acima de tudo, um modo de vida.

Durante o tempo em que tenho andado nesta indústria, tenho dedicado muita da minha energia em torno do empenho nas minhas funções, com o objectivo claro de evoluir, aprender sempre mais, desenvolver as minhas capacidades, crescer. Isso não se faz sem algum (bastante, até) esforço. Passar metade do ano longe de casa, da família e dos amigos, trocar de horários constantemente, etc., são sacríficios que tenho que fazer.
Tudo isto exige que esteja sempre em alerta máximo, para absorver o máximo de informação e para poder estar no sítio certo, à hora certa.

Este "empreendimento" que tenho feito, todo o esforço e empenho que tenho posto nas minhas acções, começam a dar os seus frutos.
Nesta viagem, que agora vai a meio, fui finalmente promovido, voltando a estar na posição para a qual estava já preparado há mais de um ano.
Apesar de me ter apanhado de surpresa, no meio de despedimentos e duma crise que parecia estar também contra mim, foi com grande alívio e alegria que recebi a notícia. Duas semanas depois de ter ido para casa, fui contactado para voltar ao Energy Endeavour, onde já tinha estado antes, mas desta vez como Junior Data Engineer.

Felizmente, o trabalho não tem sido muito, pelo que está a ser um início bastante tranquilo, com tempo para aprender.
Estar a trabalhar de noite, ainda para mais sozinho na unidade, tem sido a pior parte. Claro que tenho ocupado bem o tempo, de forma a que não pense muito nas férias que se aproximam.

De resto, a normalidade da vida na sonda: boa comida, boa dormida e, acima de tudo, para mim, neste momento, um excelente ginásio, com sauna incluída. A esse nível, estou cada vez mais confiante e o meu corpo começa a reagir positivamente. Agora é só continuar a treinar, cada vez com mais intensidade, para tentar atingir mais e mais.

Claro que este pensamento se aplica a tudo o resto: Empenho e Esforço, sempre!

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Últimas semanas

Depois de ter estado alguns dias em Esbjerg, lá acabei por ir para a sonda, no dia previsto.

Já me tinham dito (tal como referi antes) mas nunca esperei encontrar tantos portugueses no Mar do Norte. A verdade é que a bordo do Noble Byron Welliver, cerca de 70% (estimo eu) da equipa de perfuração, bem como alguns membros da manutenção e catering, são "tugas". Por isso, a vida a bordo durante as duas semanas que lá estive, foi agradável. Como a presença nacional é tão vincada, até a televisão nos presenteava com a emissão da RTP Internacional, pelo que até vi a final da Taça em directo... O facto de poder falar mais constantemente em português também foi um ponto positivo, depois de vários meses sem companhia lusófona.

Além deste pormenor curioso, posso afirmar que este foi o turno mais divertido que tive. O trabalho não era pouco mas nem por isso deixei de gostar das semanas que passei naquela sonda. A equipa com quem trabalhei teve um papel fundamental para que o tempo decorresse da melhor forma. Pessoas descontraídas, divertidas, motivadoras, fizeram com que se conseguisse suportar o trabalho duma forma mais natural. Sem nunca colocar em causa a qualidade do nosso trabalho, que de resto foi elogiado por várias chefias, foi possível ter um excelente ambiente, com animadas tertúlias a preencherem os tempos "mortos".

A sonda, em si, também merece uma menção. A qualidade e variedade da comida, a simpatia e camaradagem de todos, as condições oferecidas (internet, telefone, sala de jogos com bilhar, matraquilhos e setas, TV no quarto, etc...) fizeram desta uma experiência nota 5!

Por último, enquanto lá estive, finalmente surgiu a motivação para um projecto constantemente adiado, por preguiça, em grande parte. Decidi voltar a pôr-me em forma, com o intuito de cumprir um desafio: Meia-Maratona. Se vou ter condições para o realizar, ainda não sei. Mas posso garantir uma coisa: esforço e persistência. Essas são duas características minhas, às quais não renegarei.

Agora de regresso a casa, estou a implementar um programa de treino pessoal, sem tentar saltar etapas. Aos poucos chegarei mais longe: na vida e na saúde!

Quando voltar ao trabalho, espero poder continuar a ter boas experiências e a seguir a luta pelos meus objectivos, que estão traçados e escritos.

domingo, 24 de maio de 2009

Novamente na Dinamarca

Bem sei que estou a falhar no blog porque já não escrevo nada há mais de um mês. Mas, por vezes, as novidades não são assim tantas e prefiro actualizar o Twitter, pois permite que se deixem mensagens curtas e de fácil acesso. Para os menos atentos, as actulizações aparecem no blog, do lado direito da página.

De qualquer forma, por esta altura já estive em casa, durante duas semanas, e voltei à Dinamarca para novo turno. Para não ser diferente, voltei a ficar retido em standby durante uns dias, à espera que começem as operações na sonda.

Mais uma vez, Esbjerg é a cidade que me acolhe. Como estou com mais 2 colegas, decidimos não ficar o tempo todo no hotel. Ontem demos um passeio e, ao passarmos num parque de jogos, achamos que seria boa ideia fazer algum exercício. Fomos a um supermercado e compramos uma bola de futebol. O fim de tarde foi bastante divertido, entre partidas de "futénis".

O destino será a plataforma Noble Byron. Segundo dizem os colegas que já por lá passaram, existe uma grande percentagem de compatriotas a trabalhar lá, pelo que será divertido poder voltar a falar português habitualmente, durante o período de trabalho, coisa que já não acontecia desde que deixei de ir para Angola. Será algo a confirmar nos próximos dias.

As previsões apontam para serem apenas duas semanas mas já sei como isto é e o melhor é não fazer planos para menos de três. Esse será o período máximo, de acordo com o que tem acontecido nos últimos tempos.

A partida para a sonda está marcada para amanhã à tarde, embora ainda seja prematuro dizer se isso vai mesmo acontecer, tendo em conta os habituais adiamentos.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Mais de uma semana em terra

Com adiamentos consecutivos, acabei por ficar mais de uma semana na cidade de Esbjerg, na Dinamarca, a aguardar ordem para seguir para a plataforma. Agora parece ser de vez e amanhã será esse dia.

Entretanto, aproveitei para fazer algumas caminhadas pela pequena localidade, aproveitando os dias de sol com que por aqui tenho sido brindado. Além disso, também nos foi solicitado pelos coordenadores que fosse efectuado o inventário do material que se encontra no armazém. Com isso, também se passou melhor o tempo, entre as idas ao porto e os passeios bi-diários pelas ruas da cidade.

Quanto à cidade, pouco há a contar. O hotel está bem situado, mesmo junto da rua principal, pedonal, pelos vistos a maior do país, com lojas e uma praça central, onde o movimento se encontra. A característica principal das construções é o tijolo vermelho, pelo que os edifícios principais estão construídos com esse material.


A cidade é tranquila, com a comunidade a viver sobretudo em função da indústria petrolífera e o comércio. Infelizmente, não tive oportunidade de ir até à praia, que fica a uns 5 km do centro.

Amanhã será dia de viagem de helicóptero e de começar a trabalhar mais a sério. Não tenho bem a certeza de que tipo de comunicações irei dispor mas, logo que possa, darei novidades, directamente do Mar do Norte.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Novo destino

Depois de menos de 3 semanas em casa, viajo, desta vez, para a Dinamarca. É já na quarta-feira que vou para mais um destino diferente.

A plataforma para onde vou é a Energy Endeavour e devo lá ficar por 21 dias. Pelo menos, esse é o plano, pois não seria a primeira vez que ficaria mais ou menos tempo, dependendo do trabalho.

Com esta previsão, vou passar o meu aniversário, bem como o primeiro aniversário de casamento, a bordo. Já não será a primeira vez que passarei a data que marca o meu nascimento longe de casa. Há 2 anos, no Gabão, não consegui contactar a minha família. Não conto que isso aconteça este ano, pois, segundo sei, e também pela minha experiência, as comunicações, neste destino, serão melhores, pelo que conto poder passar algum tempo, nesses dias, a falar para casa. Ainda não sei bem como será, mas as expectativas são boas. Apesar de não ser muito dado a datas, é normal que pense mais nisso, sobretudo porque vou estar afastado daqueles a quem estes dias têm mais significado.

O Mar do Norte proporciona ambientes agrestes e nesta altura do ano não deve ser ainda muito agradável. Mesmo assim, tenho conhecimento que as condições de vida oferecidas a quem trabalha neste local são, de forma geral, boas. Assim espero, para poder passar mais este período de forma tranquila.

terça-feira, 24 de março de 2009

Twittermania e outras coisas...

Ontem passei a fazer parte da comunidade Twitter. É uma ferramenta interessante, com inovações que, apesar de não me servirem de muito na plataforma, pois não uso telemóvel aqui, têm um potencial de encurtar distâncias muito grande. Quem quiser acompanhar as minhas andanças, pode ir ao meu canto no Twitter. Ficarei à espera dos vossos comentários!

Além disso, hoje foi um dia cansativo. A furar furiosamente para terminar, tive poucos momentos para relaxar. O que vale é que foi só hoje... Amanhã só tenho de finalizar o que se fez nestes dias e preparar-me para viajar de volta a terra, o que deverá acontecer já na quinta-feira. Veremos como será, pois ainda não é certo.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Noites descansadas

Uma semana depois de ter chegado à sonda, não posso dizer que tenha feito muito… Na verdade, a primeira noite foi a única em que tive algum, ainda que pouco, trabalho. Nos próximos dias será diferente, mas estas últimas noites têm sido tranquilas.

Trabalhar de noite tem as suas vantagens, pois é mais sossegado. Por outro lado, é mais difícil dormir de dia. Já me habituei a esta contingência e adapto-me rapidamente.

O mais complicado aqui têm sido as comunicações. Na unidade só hoje conseguimos internet e a das acomodações funciona, pelos vistos, dia sim dia não… Apenas uma cabine telefónica, limitada a uma chamada diária de 5 minutos também não facilita… Além disso, como estive, até hoje, a trabalhar das 18h às 06h, tenho tido mais dificuldade em estar em contacto com a família. Mas vou conseguindo dar notícias e eles sabem que estou bem e que em breve volto.

Apesar de pequenos detalhes que por vezes nos tiram algum conforto, a verdade é que não me posso queixar das condições de vida que tenho encontrado nestes mais de 2 anos nesta indústria. Não posso querer que tudo seja perfeito, até porque isso tiraria a - já de si pequena - parte de aventura desta vida. Com isto não estou a falar dos riscos inerentes destes ambientes, desse tipo de aventura dispenso bem. O que mais quero, sempre que viajo para um novo turno, é que tudo corra dentro da normalidade, sem situações complicadas, para que possa voltar a casa como se de lá nunca tivesse saído.

Só mais uma coisa: Parabéns às aniversariantes dos últimos dias, apesar de atrasados! Beijinhos para vocês: Catarina, Carla, Tânia e Diana!

terça-feira, 10 de março de 2009

Mais um destino

Um mês depois de ter escrito pela última vez, sei que estou em falta com aqueles que costumam saber do meu paradeiro por aqui.

Não estive muito tempo na plataforma. Apenas 6 dias, uma vez que o furo foi efectuado apenas em 2 dias. Depois, mais uns dias em Aberdeen, tendo ido conhecer o novo escritório e armazém da empresa. E, falando em Aberdeen, aqui fica um pouco da vista que tive na cidade nos dias em que lá passei devido à neve...


Por essa altura, estava já a ser planeada a minha próxima viagem, mas desta vez para turismo. Finalmente, fomos conhecer Barcelona, numas pequenas mas saborosas férias!

Hoje, é novamente altura de fazer a mala, pois é já amanhã que parto, desta feita para a Holanda. O destino terrestre é Den Helder, uma pequena cidade costeira onde embarcarei para o Noble Ronald Hoope, que se encontra no Mar do Norte. Veremos se ficarei as 3 semanas previstas e que condições terei lá para manter contacto.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Neve e adiamentos

Não estava fácil chegar à plataforma… O mau tempo que se tem feito sentir nas Ilhas Britânicas forçou a adiamentos consecutivos da viagem de helicóptero. Depois de 3 tentativas frustradas, idas inconsequentes para o aeroporto, depois de estar 3 vezes com o fato de sobrevivência posto, de ter esperado horas a fio na sala de espera, lá foi possível realizar a viagem na segunda-feira. Viagem essa que durou quase duas horas, no sentido nordeste, rumo ao frio ainda mais polar!

Com as temperaturas entre os 0 e -10 graus, em Aberdeen, tendo mesmo chegado aos -18 graus na madrugada de domingo para segunda-feira, o branco generalizado proporcionou uma paisagem à qual não estava minimamente habituado (fotos em breve!). O fim-de-semana forçado na cidade foi passado entre o aeroporto e o apartamento, refugiado do gelo da rua. Por mais vontade que tivesse de ir passear e aproveitar o espectáculo, a verdade é que optei por ficar protegido, uma vez que sabia que iria ter que suportar o frio assim que chegasse à plataforma.

E, se é verdade que não estou a escrever este post ao frio, não o é menos que basta pôr o nariz fora da unidade para perceber que estou bem a norte, com o vento gelado a fustigar e a neve a pintar de branco a própria plataforma. Não posso dizer que estou a passar mal, pois consigo passar a maior parte do tempo abrigado, pelo menos enquanto não começarem a furar, o que deverá acontecer entre hoje e amanhã.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Voltar ao trabalho

Depois de ter passado o fim-de-ano em casa e de ter esperado mais de um mês por um novo serviço, eis que me enviam novamente para a mesma sonda em que estive em Dezembro. Desta vez para trabalhar a sério, como Mudlogger ainda. De qualquer forma, era algo pelo qual esperava e é preferível isso do que esperar em casa. A experiência vai comprovar a quem compete decidir a promoção, de que estou preparado para avançar. É essa a convicção com que parto amanhã e, no que me diz respeito, tudo farei para o conseguir.
Pela segunda vez, irei para o Mar do Norte, para enfrentar condições difíceis, é certo, mas também para evoluir. O dinheiro é importante, mas também a minha ambição profissional...