quarta-feira, 20 de abril de 2011

Nada de novo a Sul

Há já bastante tempo que não escrevo aqui. Não me quero repetir mas há alturas na vida em que tudo segue sem que nada de novo e excitante aconteça. Muitos poderão dizer que terei uma vida cheia de aventuras e agradeço a todos os que me incentivam para continuar com este espaço. Sei que há várias pessoas que encontraram neste blog alguma esperança e isso alegra-me bastante.

Na realidade, muito pouco tem acontecido nos últimos meses, digno de relevo. Com uma rotação normal de 5 semanas, sempre no mesmo local, tenho-me focado noutros aspectos da minha vida. A minha decisão, há quase 2 anos, de correr uma meia-maratona, a par de outras prioridades pessoais, têm sido o centro das minhas atenções. Quanto à primeira, os progressos são visíveis, tendo participado numa corrida de 10km em Março e continuando a preparação a bom ritmo. Além do mais, estou mais saudável e esse era o objectivo principal.

A nível profissional, posso ter estagnado um pouco mas não deixei de continuar a procurar outros vôos. Novos desafios chegarão a seu tempo e tenciono avançar na carreira, em breve.

Os últimos meses de 2010 e os primeiros deste ano têm-me proporcionado tranquilidade e a possibilidade de conciliar a vida pessoal com o trabalho: férias no Outono, Natal e Passagem-de-ano em casa, tempo para treinar e namorar!

Com tantos turnos no Congo, já conheço bem as pessoas com quem mais lido e sei que todos me têm em boa estima, desde os locais aos supervisores. Apesar de estar em terra (prefiro offshore, por vários motivos), posso dizer que tenho sido feliz em Mboundi. As passagens, mais ou menos prolongadas, por Pointe Noire, também têm dado para sair um pouco da rotina, umas vezes com trabalho mais de escritório, outras com funções mais técnicas. Quase que posso dizer que, a esta altura, sou pau-para-toda-a-obra no departamento e, quem sabe, um dia terei os frutos da dedicação e esforço. Não o faço para obter benefícios, apenas me parece que devo aproveitar as ausências de casa para me concentrar no trabalho, ao invés de apenas esperar sentado pelos regressos a casa. Além do mais, o sedentarismo faz parte do passado e não volto para lá! Já bastam as horas que sou obrigado a passar em frente ao computador...

Para aqueles que continuam a procurar a sua oportunidade, acreditem que ela vai chegar. Nestes mais de 4 anos aprendi que, com persistência e ambição, tudo se consegue. Quanto a mim, podem ter a certeza que o vosso exemplo é mais uma forma de querer mais, de não me acomodar ao que já alcancei.

Entretanto, é chegado o tempo de mais um período de descanso, de recuperar energias para as aventuras que se avizinham!