Depois de um rig-up (montagem dos sensores e preparação para novo serviço), na companhia de outro colega a começar nesta função e de dois mudloggers com pouca experiência, no qual conseguimos dar a volta aos vários problemas que foram surgindo, penso que estarei em condições de dizer que me encontro preparado para cumprir com aquilo que é exigido de mim. É claro que não sei tudo e têm havido algumas situações em que a ajuda do colega que cá está agora (mais experiente), dos seus ensinamentos, mas também do meu bom-senso e boas bases, têm sido preciosas. Não estou no meu melhor e vou continuar a ter que me aplicar para crescer mas isso não é nenhum problema, pois sei que só com este espírito poderei atingir os objectivos que vou colocando a mim mesmo.
Neste rig, a exigência pode não ser tão elevada como em outros, por parte do cliente, mas a verdade é que ninguém gosta de pagar um serviço que não é bem feito. Por isso, dou todos os dias o meu melhor para que tudo corra dentro da normalidade.
A vida fora do rig é monótona mas vai valendo o companheirismo do pessoal todo e a ligação à internet no quarto. É a primeira vez em que, em vez de ter internet na unidade, tenho apenas no acampamento. O que não deixa de ser bom, apesar de me fazer adormecer mais tarde do que deveria.
Depois de 10 dias, o balanço é bastante positivo, com os dias menos bons, mais stressantes a resolver problemas, a serem compensados por outros gratificantes, em que vemos o nosso trabalho a dar frutos. Há, ainda, os dias como o de hoje, em que tive tempo para descansar e escrever para o blog, para ensinar alguma teoria aos colegas mais novos e até ver um filme, sem esquecer a manutenção da unidade. Neste momento de calma, é preciso retemperar forças e preparar tudo para a nova fase de perfuração que se avizinha e que trará, certamente, novas dificuldades, novas aprendizagens e novos objectivos.