domingo, 29 de junho de 2008

Novo desafio

Sempre gostei de desafios e não sou de virar as costas às dificuldades. Por esse motivo, encarei esta nova função de Data Engineer com toda a vontade de ser bem sucedido.
Depois de um rig-up (montagem dos sensores e preparação para novo serviço), na companhia de outro colega a começar nesta função e de dois mudloggers com pouca experiência, no qual conseguimos dar a volta aos vários problemas que foram surgindo, penso que estarei em condições de dizer que me encontro preparado para cumprir com aquilo que é exigido de mim. É claro que não sei tudo e têm havido algumas situações em que a ajuda do colega que cá está agora (mais experiente), dos seus ensinamentos, mas também do meu bom-senso e boas bases, têm sido preciosas. Não estou no meu melhor e vou continuar a ter que me aplicar para crescer mas isso não é nenhum problema, pois sei que só com este espírito poderei atingir os objectivos que vou colocando a mim mesmo.
Neste rig, a exigência pode não ser tão elevada como em outros, por parte do cliente, mas a verdade é que ninguém gosta de pagar um serviço que não é bem feito. Por isso, dou todos os dias o meu melhor para que tudo corra dentro da normalidade.
A vida fora do rig é monótona mas vai valendo o companheirismo do pessoal todo e a ligação à internet no quarto. É a primeira vez em que, em vez de ter internet na unidade, tenho apenas no acampamento. O que não deixa de ser bom, apesar de me fazer adormecer mais tarde do que deveria.
Depois de 10 dias, o balanço é bastante positivo, com os dias menos bons, mais stressantes a resolver problemas, a serem compensados por outros gratificantes, em que vemos o nosso trabalho a dar frutos. Há, ainda, os dias como o de hoje, em que tive tempo para descansar e escrever para o blog, para ensinar alguma teoria aos colegas mais novos e até ver um filme, sem esquecer a manutenção da unidade. Neste momento de calma, é preciso retemperar forças e preparar tudo para a nova fase de perfuração que se avizinha e que trará, certamente, novas dificuldades, novas aprendizagens e novos objectivos.

3 comentários:

Mr_Lube disse...

Olá, devido à situação em que se encontra o nosso Portugal, estou a ponderar a possibilidade de mudar de profissão. Actualmente sou professor e devido à minha formação superior na área da química industrial, o trabalho nas plataformas surge como uma opção potencialmente interessante a nível profissional e monetário.
Como não tenho experiência profissional nesta área em concreto, não sei muito bem a que tipo de funções poderei candidatar-me.
Podes dar-me uma orientação? Sei que existem uns cursos de sobrevivência em plataformas e que sem eles não é possível trabalhar nas mesmas.
O trabalho para mim não é problema pois já trabalhei na indústria.
Não domino o inglês escrito, mas sou bastante fluente em conversação, apesar de estar um pouco enferrujado devido à falta de prática.

Desde já, um muito obrigado

PEDRO MACHADO disse...

Olá. Como compreendo a tua situação. Se não tivesse sido esta indústria, provavelmente, ainda hoje, estaria a trabalhar em atendimento telefónico...
Respondendo directamente à tua questão, devo dizer-te que a experiência é valorizada mas não é tudo. As empresas apostam bastante na formação e estão sempre a precisar de sangue novo.
A tua formação académica em química industrial pode abrir-te algumas portas. Na perfuração, a utilização de produtos químicos para lubrificar os tubos, fazer a circulação das rochas furadas e suster as paredes do furo, é fundamental. Por isso, existe um elemento que tem a responsabilidade de preparar as chamadas "lamas". O trabalho do Mud Engineer é um dos mais valorizados. As empresas que conheço nesse ramo são a MI Swaco e a Halliburton. Julgo que não perdes nada em dar uma vista de olhos aos sites deles e também pesquisar oportunidades de emprego no rigzone.com (já lá encontrei ofertas para pessoal, mesmo sem experiência para estas empresas).
Quanto aos cursos de sobrevivência, o meu foi pago pela empresa e sei que esse é um procedimento normal. No entanto, caso o queiras fazer por ti, podes procurar, por exemplo, na APT Antincendio (Itália - foi lá que fiz, podes pesquisar no blog, no artigo Curso de Sobrevivência, está lá o link).
Relativamente ao inglês, falar é meio caminho, com o tempo a escrita começa a ser mais fluente.
Espero ter sido de utilidade e que consigas atingir os teus ojectivos. Caso precises de mais alguma coisa, não hesites em contactar-me.

Mr_Lube disse...

Desde já, o meu muito obrigado pelos esclarecimentos que me deste. Neste momento estou a recolher informações, com base nas dicas que me deste. Entretanto só a partir de setembro é que vou começar a enviar curriculums e ponderar a possibilidade de fazer o curso por minha conta. Eu sei que o facto de ter o curso não me garante que venha a conseguir um emprego nas plataformas, mas penso que deve ajudar.
Durante o próximo mês de Setembro tomarei a liberdade de te pedir mais umas dicas.
Obrigdo