sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Savana

Pode parecer que desapareci do mapa mas a verdade é que já pareço o Wally: não é fácil encontrarem-me no mapa… Depois de ter saído de Angola, no fim de Julho, cheguei a casa e parti, passados alguns dias, de férias: primeiro, para o centro do país, para uns dias de praia e sol, em família; depois para o norte, para um belo descanso romântico a dois, com muito passeio, belas paisagens transmontanas e dias de relaxamento bem merecido, principalmente pela minha outra metade, depois de um ano feliz mas duro…

Mal terminaram esses dias, foi tempo de voltar ao trabalho, e desde há pouco mais de uma semana que me encontro de volta a Cabinda, para mais um turno. Desta vez as coisas não estão tão tranquilas mas, mesmo assim, não me posso queixar de excesso de trabalho… Vai dando para fazer um pouco de tudo, entre trabalho e descanso.

Do que me tenho apercebido mais é da bela paisagem que nos rodeia. As surpresas estão em cada local. Descobri que por aqui há milhares de teias de aranha espalhadas pelo capim, que só se conseguem ver no início do dia, quando a neblina matinal as tinge de branco; também por todo o lado se podem vislumbrar colónias de formigas, em forma de cogumelos, esculpidas com a terra, lembrando-nos que a natureza tem caprichos que nem sempre estão visíveis para nós. Infelizmente não tenho fotos porque estou sempre no caminho de/para a sonda e com os saltos na estrada torna-se impossível...

E, por fim, voltei a ver aquele pôr-do-sol que me fascinou da primeira vez, assim como os primeiros raios de luz do dia o fazem. O jogo de cores por entre a neblina faz-me lembrar os documentários sobre a vida selvagem que me davam vontade de viajar pela savana. E agora aqui estou eu, a desfrutar daquilo com que apenas sonhava há bem pouco tempo atrás. Só faltam os leões e os elefantes...