terça-feira, 25 de setembro de 2007

De partida

Amanhã volto para casa. Para ficar um mês, assim espero...
Depois de mais um turno, desta vez em Cabinda, chega a hora de rever os amigos...
Este mês que aqui passei (mais exactamente 34 dias) decorreram de forma calma e sem grandes percalços, apesar de me terem adiado a viagem de regresso por 3 vezes. O trabalho não foi muito, apesar de termos começado a furar a bom ritmo nas primeiras duas semanas. Depois, começaram os problemas e os dias, que depois se tornaram noites, de pouco ou nada para fazer no rig. O tempo de descanso proporcionado foi aproveitado para criar este espaço, bem como para conhecer um pouco mais sobre todo o sistema. Além disso, neste turno coube-me a tarefa de treinar alguns geólogos angolanos que entraram para a empresa. Neste momento são sample catchers, mas o objectivo deles é ocupar o meu lugar de Mudlogger. Nada que me deixe apreensivo, uma vez que o meu objectivo tambem é subir de escalão para Data Engineer. Foi bom ter esta oportunidade e espero ter contribuído para a formacão de novos colegas.
Quanto a este terra, não poderei dizer muito, pois não tive muitas oportunidades de a conhecer. Apenas saí uma noite para jantar e conhecer um pouco da gastronomia. Provei Gindungo, um picante que vale a pena para gosta de se sentir a queimar por dentro! O peixe era excelente mas, infelizmente, não fixei o nome...
O que mais me surpreendeu pela positiva foi o pôr-do-sol fantástico que todos os dias nos brindava, mesmo em frente à porta da unidade. Não tenho fotos mas prometo que, se voltar, trarei a máquina e aproveitarei mais. Sei que entre falar sobre ou mostrar existe uma grande diferença...
As pessoas com quem convivi, além dos colegas, sempre se mostraram simpáticas e disponíveis, também porque sempre tentei ser o mais afável e extrovertido possível. Quem me conhece sabe que não consigo ser anti-social, por isso levo boas recordacões das conversas com o pessoal...
Espero voltar cá e, nessa altura, farei os possiveis para visitar alguns locais, principalmente as praias e as cidades de Luanda e Cabinda.
Até apanhar o avião para Lisboa, na quarta-feira, ainda vou tentar conseguir adquirir algum artesanato, bem como o famoso "pau", que aliás já está encomendado. Depois conto...

2 comentários:

Anónimo disse...

Viva
Tal como você também vou começar a trabalhar fora do País, mais propriamente em Cabinda e também para a área de Oil &Gás, mais própriamente na construção de um terminal de LNG.
Depois desta sua experiência, quais os conselhos que me dá e como descreve o ambiente em Cabinda.
filipeaugustocosta@gmail.com

PEDRO MACHADO disse...

Viva!

Fico contente por ver que o blog chega a mais pessoas...
A minha experiência em Cabinda não me permitiu conhecer muito bem o local, pois estava um pouco longe da cidade. Mas por aquilo que vi e que me contaram, posso dar alguns conselhos básicos: nos aeroportos (que são sítios por onde passamos, obrigatoriamente), há sempre alguém a tentar "apanhar-nos" o dinheiro, pedindo, oferecendo serviços que não precisamos ou arranjando situações para nos "sacarem" algum (é preciso ter pulso forte para lidar com estes "habilidosos"); a comida é cara (mais do que na maior parte da Europa), por isso é de evitar comer fora de casa, a menos que não sejamos nós a pagar; as estradas de Cabinda estão esburacadas e conduzir em Angola é um desafio perigoso...
Em termos de ambiente, é verdade que ainda existe alguma tensão, encontram-se muitos militares espalhados pelo território, mas a verdade é que tudo permanece calmo, principalmente para quem, como nós, lá se encontra a ajudar o país a crescer. Apenas será necessário ter cuidado com a utilização de máquinas fotográficas e câmaras de filmar, sobretudo se for para fotografar ou filmar instalações do estado ou soldados.
Quanto às pessoas, não tive problemas com quem trabalhei e com a grande maioria das pessoas com quem contactei: são bastante afáveis e têm orgulho nas suas raízes e tradições.
Penso que já lhe deixo boas indicações para a sua aventura!
Espero que tudo corra bem, que possa aproveitar ao máximo a experiência! Quem sabe se não nos encontraremos no futuro!
Cumprimentos