sexta-feira, 7 de março de 2008

Perfuração e café

Estes últimos dias foram de algum trabalho, o que é bom, para variar. Este pensamento pode parecer estranho mas a verdade é que o tempo passa mais depressa quando há algo para fazer.
Neste poço que estão a furar, a quantidade de amostras que temos que preparar é bastante. No entanto, o intervalo de amostragem é alargado e, uma vez que não furam com grande velocidade, não é necessário ”correr” muito… Também tenho de reconhecer que a ajuda do sample catcher é preciosa e permite que me possa dedicar mais a ajudar o Data Engineer, verificando parâmetros, preparando relatórios e monitorizando o sistema de gás.
Esta imagem mostra a “lama”, com os cuttings, a chegar aos shale shakers (lembra chocolate, mas não é!). A este local dá-se o curioso nome de possum belly e é aqui que são colocados os equipamentos que nos permitem recolher dados sobre os níveis de hidrocarbonetos atravessados.

Numa unidade de Mudlogging com portugueses e/ou italianos, não pode faltar o café. Para o preparar, é necessário alguma criatividade e o pequeno fogão eléctrico em que se secam as amostras é o local apropriado para isso.

Desta vez, fui eu quem trouxe a cafeteria (oferta da Tia Alice – Obrigado, tia!), pois já sei que todos querem café mas todos esperam que seja o outro a lembrar-se!

Ao fim de um dia de perfuração, com amostras para recolher e sistema de gás para controlar, a sujidade é incontornável, ainda para mais neste caso em que a “lama” é à base de óleo. O calor que faz, principalmente nos shale shakers, também faz os seus estragos.


Nada melhor, depois de 12 horas num vai-vem constante, do que um banho morno (sim, já temos água quente…) para acalmar o corpo e um sono tranquilo para recuperar forças. Nem o barulho ou o movimento da sonda me roubam esse prazer de adormecer sentindo que valeu a pena mais um dia longe dos que amo. E que também é menos um para voltar a estar perto deles…

1 comentário:

Anónimo disse...

É muito triste isto... sujar a roupa de propósito para parecer que trabalhas. E em relação ao chocolate, apenas me apetece dizer que só falta os morangos para abusares dos angolanos. Fica bem e ate breve. Miguel Neto